Como o Oscar evitou vexame de 2006

Há três semanas atrás, “Três anúncios para um crime” arrebatava todos os prêmios dos sindicatos. Era uma unanimidade e grande favorito ao Oscar.O filme havia passado pelo crivo de festivais e crítica em geral.Mas, o jogo virou. Após a indicação ao Oscar, novas vozes, à parte da crítica especializada, chamou atenção para aspectos racistas e misóginos do filme. Ainda assim, havia o temor que o backlash não tivesse chegado a tempo, posto que a votação é encerrada com boa antecedência. Havia o temor de repetir-se o famoso vexame de 2006, quando Crash venceu o Oscar de melhor filme, em cima de Brokeback Moutain. Como este blog notou ontem. http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/blog/dodo-azevedo/post/oscar-pode-repetir-vexame-de-2006.htmlMas 2018 não é 2006. Outros tempos. Como brincou Jimmy Kimmel, o mestre de cerimônias de ontem: “Lembro de uma época quando os estúdios não acreditavam em filmes de super-herói com minorias ou mulheres. Eu lembro bem porque isso foi em março do ano passado”. Como “Três Anúncios Para um Crime”, então, chegou ao Oscar, passando pelo crivo da crítica?Por dois motivos básicos.1. Frances Macdormand. 2. A crítica é, sempre foi, em sua maioria, composta de homens brancos. É o próximo passo, a próxima fronteira. A inclusão também chegar ao meio da crítica especializada.Que este março seja, para a crítica, o que março do ano passado foi para filmes com super-herói com minorias e mulheres.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.