Parentes de bebê que teve corpo desaparecido em hospital fazem protesto no Rio


Com cartazes, perguntavam onde está o corpo de Kevin. “Queríamos pelo menos um enterro digno”, diz familiar. Prima de menino cujo corpo desapareceu em hospital no Méier fala sobre protesto
Familiares do bebê morto, cujo corpo desapareceu no hospital Pasteur, no Méier, Zona Norte do Rio, no domingo (5), fazem um protesto, na manhã desta quinta (9), com faixas e pedidos por justiça em frente à unidade onde o corpo sumiu. Nos cartazes, a pergunta: “Onde está o corpo do Kevin?”. Analu da Silva pereira, 29 anos, prima do Kevin, disse que os pais do menino estão arrasados e que decidiram fazer o protesto devido ao absurdo da situação.
“A gente quer o corpo do Kevin, porque o corpo de uma criança não pode sumir assim, até porque a gente quer um enterro digno para ele”, disse ela. Segundo ela, Kevin era uma criança “muito bem planejada” e muito esperada. “Eles (pais) estão despedaçados”, lamentou Analu. Kevin, natimorto, teve o corpo desaparecido dentro do hospital.
No fim dessa manhã, a polícia deve ouvir a mãe do bebê e três funcionários do hospital. O desaparecimento está sendo investigado pela 26ª DP (Todos os Santos) como ocultação de cadáver. As duas linhas de investigação indicam que ou o corpo foi jogado no lixo por engano ou que foi dado a outra funerária por engano.
Na quarta-feira (8), o pai e o tio da criança prestaram depoimento na delegacia, e outras pessoas, entre funcionários do hospital e médicos que participaram do parto da criança, devem ser ouvidos até esta quinta (9). Agentes foram no hospital Pasteur, no Méier, Zona Norte do Rio, para saber quem eram os médicos de plantão no dia da morte e posterior desaparecimento do filho de Wanderson Nunes.
“Hoje, quando eu chego de manhã com a funerária para ver o corpo, eles não me entregaram o corpo do meu filho. E me enrolaram até agora, não deram nenhum tipo de informação. Chegam agora e o diretor do hospital me fala que ou jogaram o meu filho fora sem querer, limpando e tal porque era pequeno, ou então foi dado para outra funerária levar. Foi isso o que me passou. E aí, ele me dá um documento que não diz nada, não tem nem a assinatura do hospital. Eu acho um total desprezo, já que se trata de uma pessoa, um ser humano”, contou o pai do recém-nascido à Globonews na terça-feira (7).
Familiares fazem protesto na porta do Hospital Pasteur
Henrique Coelho / G1

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